A Vale colocou à venda ativos de sua operação de manganês no Brasil, pela terceira vez.
Uma fonte do mercado com conhecimento da operação disse, em conversa com o Valor Econômico, que o preço dos ativos de manganês da Vale estaria próximo dos US$ 200 milhões, equivalente a R$ 750 milhões.
As minas de ferro manganês do Azul, em Carajás (PA), e de Urucum (MS) não fazem parte do pacote de ativos de manganês e ferro-ligas à venda. O conselho de administração da Vale deve apreciar o tema da venda da área de manganês e ferro-ligas na reunião do dia 31 de julho.
Na última vez que a companhia colocou os ativos à venda, há cerca de seis anos, a Vale pediu US$ 300 milhões pelo negócio. Entretanto, como havia pendências ambientais em Simões Filho, os interessados ofereceram um preço bem menor que o estimado pela mineradora. "O desconto era muito grande. Assim, ela [Vale] desistiu da venda", disse uma fonte que acompanhou o assunto.
Em 2012, a mineradora vendeu as operações de ferro-ligas da Europa para subsidiárias da Glencore por US$ 160 milhões. O negócio envolveu as operações situadas na França e na Noruega.
A nova tentativa de venda dos ativos no Brasil reforça a intenção da companhia de voltar as atenções para seus negócios principais, minério de ferro, metais e carvão. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, a Vale quer evitar "distrações".
Ao mesmo tempo, a área de manganês e ferro-ligas representa uma fatia pequena do negócio da Vale. Em 2018, essa área contribuiu com Ebitda de US$ 160 milhões, cerca de 1% do Ebitda total da Vale no ano passado, de US$ 16,6 bilhões.
Outro aspecto a ser considerado pelo mercado é o maior interesse no uso do manganês como uma das ligas para a produção de baterias de carros elétricos, assim como o lítio, níquel, cobalto e cobre.
Mineracao Em Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.